Em todas as ruas te encontro,
Em todas as ruas te perco,
Conheço tão bem o teu corpo
Sonhei tanto com a tua figura
Que é de olhos fechados que eu ando a limitar a tua altura
E bebo água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto, tão real,
Que o meu corpo se transfigura
E toca o seu próprio elemento
Num corpo que já não é seu
Num dia que desapareceu
Onde um braço teu me procura!